Parlamentar brasileira é presa na Itália após dois meses foragida
Imagem ilustrativa de agentes da Interpol conduzindo deputada federal após prisão em Roma, em cumprimento a mandado internacional de captura expedido pelo Supremo Tribunal Federal.

Parlamentar brasileira é presa na Itália após dois meses foragida

Zambelli teve prisão preventiva decretada em maio, após ser condenada pelo STF a 10 anos e 8 meses de reclusão, em regime fechado.

A deputada federal Carla Zambelli foi presa nesta terça-feira (29) em Roma, na Itália, após permanecer dois meses foragida da Justiça brasileira. A prisão foi realizada pela polícia italiana em cooperação com a Interpol e a Polícia Federal do Brasil, com base em mandado expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Zambelli teve prisão preventiva decretada em maio, após ser condenada pelo STF a 10 anos e 8 meses de reclusão, em regime fechado. A parlamentar foi considerada culpada pelos crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica, no caso em que foi apontada como responsável pela inserção de mandados falsos no sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com apoio do hacker Walter Delgatti Neto.

Segundo informações confirmadas pela Polícia Federal e pela Agência Brasil, Zambelli foi localizada em um apartamento na capital italiana após uma denúncia formal feita pelo deputado europeu Angelo Bonelli, que indicou o endereço às autoridades italianas.

O mandado de prisão internacional havia sido incluído na lista vermelha da Interpol, que coordena ações de busca e captura com agências de segurança de diversos países.

A parlamentar deixou o Brasil por via terrestre logo após a condenação, cruzando a fronteira com a Argentina antes de seguir viagem à Itália, país do qual também possui cidadania italiana. A defesa da deputada alega que ela se entregou voluntariamente à polícia, mas esse ponto não foi confirmado oficialmente pela PF.

Em vídeo publicado nas redes sociais antes da prisão, Zambelli declarou que não pretendia retornar ao Brasil e afirmou que, se tivesse de cumprir pena, o faria na Itália. O caso será agora analisado pelo sistema judiciário italiano, que decidirá sobre o pedido de extradição formulado pelo Brasil.

Até o momento, o governo brasileiro não divulgou nota oficial sobre a detenção, e o processo de extradição segue em tramitação.

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