A Região Sul do Brasil foi duramente atingida por um ciclone extratropical que deixou um rastro de destruição nos três estados. No Rio Grande do Sul, os ventos ultrapassaram os 100 km/h e provocaram destelhamentos, quedas de árvores e postes, além de intensos alagamentos. Pelo menos 23 municípios foram afetados, entre eles Porto Alegre, Viamão, Tramandaí, Osório e Capão da Canoas, cidades que enfrentaram cenas caóticas, com ruas bloqueadas, casas danificadas e moradores ilhados.
No auge da crise, cerca de 430 mil clientes ficaram sem energia elétrica, sendo que 340 mil chegaram a ficar no escuro simultaneamente, segundo as concessionárias locais. A boa notícia é que mais de 223 mil consumidores já tiveram o serviço restabelecido, mas o cenário ainda exige reparos e paciência.
Os efeitos do ciclone também foram sentidos em Santa Catarina e no Paraná. Em ambas as regiões, os ventos chegaram a 90 km/h, causando transtornos semelhantes. A Marinha do Brasil, diante do avanço das condições extremas, emitiu um alerta de ressaca para toda a faixa litorânea entre o Rio Grande do Sul e São Paulo, recomendando que embarcações evitassem navegar e que a população evitasse áreas costeiras.
Meteorologistas e cientistas climáticos destacam que esse tipo de evento extremo tende a se tornar mais frequente. As mudanças climáticas, impulsionadas pelo aquecimento global, favorecem a formação de ciclones mais intensos e com maior capacidade destrutiva. O episódio serve de alerta para a necessidade urgente de políticas de prevenção, resiliência urbana e planos de contingência mais robustos.
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