Porto Velho avança na saúde e educação com a criação do primeiro Hospital Universitário Federal

Um marco histórico para Rondônia foi estabelecido com a assinatura do Acordo de Cooperação Técnica (ACT) que garante a criação do primeiro Hospital Universitário do estado, em Porto Velho. A iniciativa, formalizada em cerimônia com a presença de autoridades federais e locais, representa um avanço significativo tanto para o sistema de saúde pública quanto para a educação superior na região.

Com a efetivação do projeto, Rondônia deixa de fazer parte do seleto grupo de estados brasileiros que não possuíam um hospital universitário federal, que também incluía Acre e Roraima. O governo federal já sinalizou que existem planos para levar unidades semelhantes a esses dois estados, buscando universalizar o acesso a hospitais de ensino em todo o país.

O novo hospital será integrado ao Sistema Único de Saúde (SUS) e triplicará a capacidade de atendimento na capital, passando de 50 para 150 leitos. Para garantir a operação da unidade, foi anunciado um investimento federal de R$ 85 milhões anuais. O acordo estabelece uma colaboração tripartite: a Prefeitura de Porto Velho será responsável pela aquisição e reforma do imóvel, que será doado à Universidade Federal de Rondônia (Unir). A gestão do hospital ficará a cargo da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que também fornecerá o suporte técnico para sua implantação.

Um Novo Horizonte para a Formação Profissional e Pesquisa
Além de ampliar o atendimento à população, o hospital universitário funcionará como um centro de excelência para o ensino, a pesquisa e a extensão. Ele será um campo de prática indispensável para estudantes de medicina, enfermagem, fisioterapia e outras áreas da saúde, que poderão vivenciar a rotina hospitalar sob a supervisão de profissionais qualificados.

A iniciativa também impulsionará a formação acadêmica e a pesquisa científica. A reitora da Unir, Marília Pimentel, ressaltou que a nova estrutura permitirá mais que dobrar as vagas no curso de medicina, de 40 para 100, e viabilizará a criação de novos programas de residência médica, essenciais para a especialização de profissionais na região.

A expectativa é que a unidade hospitalar esteja em pleno funcionamento em até um ano após a conclusão dos trâmites de aquisição do prédio, consolidando um investimento estratégico para o futuro da saúde e da educação em Rondônia.