A crise que se instalou dentro da Fhemeron estourou no começo da manhã, quando uma denúncia entregue à nossa equipe revelou que os fornecedores do órgão estão prestes a suspender todos os serviços. O problema envolve desde a limpeza básica das unidades até a alimentação de servidores e doadores, serviços que mantêm o banco de sangue funcionando no dia a dia. Segundo a fonte, os pagamentos estão atrasados há três meses e muita gente já chegou ao limite, dizendo que não tem mais como segurar as contas em casa e nem continuar prestando serviço sem receber.
A informação repassada aponta que o impasse não nasce dentro da Fhemeron, mas na Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão do Governo de Rondônia, onde estariam ocorrendo os travamentos no fluxo de pagamento. A fonte descreve que processos que normalmente deveriam seguir um caminho direto estariam parados, sem justificativa clara para quem depende do dinheiro para manter contratos, equipes e insumos. É um efeito dominó que começa no gabinete e termina lá na ponta, no profissional que limpa a sala de coleta, no cozinheiro que prepara refeições para quem doa sangue, no motorista que entrega material entre as unidades.
O clima entre os fornecedores, segundo relatos, é de esgotamento. Muitos já teriam comunicado que só continuam até o fim da semana e depois param. No corredor da Fhemeron, a preocupação é grande porque qualquer interrupção compromete diretamente o atendimento à população, principalmente em Porto Velho, onde o movimento é constante e o estoque precisa ser reposto todos os dias. Quem trabalha no órgão lembra que o sangue recebido ali abastece hospitais de todo o estado, e qualquer falha no serviço pode atingir desde pacientes em cirurgias até vítimas de acidentes nas estradas.
Nossa equipe está em campo ouvindo trabalhadores, prestadores e buscando uma resposta oficial do Governo do Estado, da SEPOG e da direção da Fhemeron. O órgão segue atendendo normalmente, mas o risco anunciado pelos fornecedores coloca pressão sobre a gestão para destravar os pagamentos ainda nesta semana. A situação segue sendo monitorada, porque, se parar, o impacto chega rápido na vida de quem depende do sistema de saúde e não tem tempo para esperar.
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