Saneamento e política em Rondônia, entre aumentos abusivos e falta de transparência

Saneamento e política em Rondônia, entre aumentos abusivos e falta de transparência

Recursos grandiosos estão sendo articulados há anos silenciosamente, mas seu impacto será decisivo para o futuro das cidades de Rondônia.

Atualmente, a informação rápida e acessível é essencial para compreendermos os acontecimentos que impactam nossa sociedade. No entanto, cabe aqui uma reflexão crítica sobre a cobertura jornalística e os temas abordados.

A cobertura política é fundamental, mas é imprescindível que o foco não se limite a questões partidárias. Os governos estaduais e municipais de Rondônia, com apoio dos deputados estaduais, direcionam frequentemente a atenção da população para disputas políticas, enquanto temas estruturais são deixados em segundo plano. Um exemplo gritante é o saneamento básico.

O setor de saneamento envolve quatro eixos principais: abastecimento de água, tratamento de esgoto, gestão de resíduos sólidos e aterros sanitários. Em Rondônia, a Companhia de Águas e Esgotos (CAERD) enfrenta uma crise severa. Apesar disso, a Agência de Regulação (AGERO) aprovou um aumento abusivo de 70% na tarifa pública, com efeito, retroativo a oito anos. A justificativa para essa decisão, baseada em critérios questionáveis, levanta dúvidas sobre sua legitimidade e transparência. E o pior: em 2025, já está previsto um novo reajuste.

Outro ponto de destaque é o Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB), que até o momento contempla somente 45 municípios do estado. Enquanto isso, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) projeta um investimento superior a R$ 12 bilhões para esse setor. Recursos grandiosos estão sendo articulados há anos silenciosamente, mas seu impacto será decisivo para o futuro das cidades de Rondônia.

A água é um recurso vital, essencial para a vida e para o desenvolvimento econômico. Em um cenário onde sua gestão é envolta em questões políticas e decisões controversas, a população precisa estar atenta e cobrar transparência e responsabilidade dos gestores públicos. Afinal, o futuro de Rondônia depende de uma administração comprometida com o bem-estar coletivo e não somente com disputas partidárias.

Fica o alerta: é hora de vigiar e questionar. O que está sendo feito hoje determinará a qualidade de vida das próximas gerações.

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