Porto Velho – RO: Em um espetáculo de contradições políticas, oito partidos da autodeclarada “Esquerda e Centro-Esquerda” de Rondônia se reuniram na última sexta-feira (30), no auditório do Sindsef-RO, para anunciar com entusiasmo sua rendição ao pragmatismo: uniram forças sob a liderança de Confúcio Moura (MDB) – figura histórica do centrão e velho conhecido das oligarquias locais – na tentativa de conter o avanço da Direita no estado.
O evento, que teve discursos em defesa da “democracia”, “justiça social” e “sustentabilidade”, serviu também como palanque para reforçar apoio ao governo Lula. Mas o que se viu, na prática, foi a celebração da velha fórmula eleitoral: juntar partidos ideologicamente divergentes, apagar diferenças históricas e apostar em nomes que representam tudo o que a esquerda sempre disse combater.
Sob o comando de Moura – político experiente, mas distante das pautas progressistas – partidos como PT, PDT, PSB, PCdoB, PV, PSOL, REDE e o próprio MDB decidiram que, para derrotar o bolsonarismo, vale tudo – inclusive reviver a política do “mais do mesmo”.
Fontes ligadas à articulação confirmam que a coalizão planeja lançar Confúcio como candidato majoritário em 2026, seja ao governo do estado ou ao Senado. A esquerda, que por anos denunciou as práticas fisiológicas do MDB, agora o abraça como símbolo de unidade, apostando que o eleitorado esquecerá quem é quem.
O ato contou ainda com apoio de sindicatos e movimentos sociais, que, em nome de “vida digna” e “sustentabilidade”, preferiram ignorar o histórico político do pré-candidato e se alinharam à nova encenação. Chamaram isso de “nova fase na política rondoniense”, embora pareça apenas mais uma velha aliança forjada pelo medo de perder relevância eleitoral.
Com informações do Portal364
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