Novos depoimentos de ex-funcionários trouxeram à tona os bastidores da vida do influenciador Hytalo Santos e de seu marido, Israel Nata Vicente, ambos presos em São Paulo sob a suspeita de crimes graves como tráfico de pessoas e exploração sexual de menores. Uma reportagem do Fantástico revelou detalhes da investigação do Ministério Público da Paraíba, que aponta para um ambiente de controle abusivo e sexualização de adolescentes que viviam com o casal.
De acordo com as testemunhas, que não foram identificadas, os jovens eram tratados como “propriedade” do influenciador. A rotina era estritamente controlada, desde o que podiam comer até quando podiam dormir. Um ex-colaborador afirmou: “Presenciei muita festa, bebida, e a bebida era à vontade para todo mundo. Todos bebiam, sem restrição”.
A investigação também aponta que a frequência escolar dos adolescentes era negligenciada em favor da produção de conteúdo. Se surgisse uma “agenda” ou a necessidade de gravar, os jovens eram retirados da escola para participar das filmagens. O Ministério Público alega que Hytalo pagava às famílias dos menores para mantê-los em sua casa e confiscava seus celulares para centralizar todas as postagens em seus próprios perfis, maximizando o engajamento.
A defesa do casal sustenta sua inocência e considera a prisão uma medida “extrema”, ressaltando que sempre estiveram à disposição das autoridades. O debate público sobre o tema foi intensificado por um vídeo do influenciador Felca, que expôs como os algoritmos podem direcionar conteúdo de menores para pedófilos, gerando um movimento por maior regulamentação das redes sociais.
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