A diplomacia internacional ganhou novo fôlego nesta semana com um encontro em Washington que pode se tornar um marco no conflito entre Rússia e Ucrânia. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, acompanhado de líderes da Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Finlândia, União Europeia e OTAN. Como resultado da reunião, Vladimir Putin teria concordado em participar de um encontro presencial com Zelensky nas próximas duas semanas, um gesto considerado histórico diante de quase quatro anos de guerra.
Durante as negociações, Zelensky afirmou ter tido sua “melhor” reunião com Trump até agora. Entre os principais avanços discutidos está o compromisso da Ucrânia em adquirir cerca de 90 bilhões de dólares em armamentos americanos, compra que será financiada pela Europa. Além disso, os Estados Unidos se comprometeram a fornecer garantias diretas de segurança à Ucrânia em qualquer acordo futuro. Um cronograma foi estabelecido para que essas garantias sejam detalhadas em até dez dias. Também foi anunciada a intenção de realizar uma reunião trilateral entre Trump, Putin e Zelensky após o encontro bilateral entre os presidentes da Rússia e da Ucrânia.
Os líderes europeus presentes também manifestaram suas posições de forma clara. O presidente da França, Emmanuel Macron, defendeu a intensificação das sanções contra Moscou caso Putin não demonstre avanços concretos em direção à paz. O chanceler alemão Friedrich Merz reforçou que a Ucrânia não deve, em hipótese alguma, ceder a região de Donbas à Rússia. Já o primeiro-ministro da Finlândia, Alexander Stubb, adotou um tom mais cético ao afirmar que “Putin raramente é confiável”.
A expectativa mundial agora se volta para a confirmação do encontro direto entre Putin e Zelensky, intermediado por Trump e sustentado pelo apoio europeu. Caso se concretize, essa reunião poderá representar a maior oportunidade até o momento para a construção de um caminho realista de paz e para a reconstrução da Ucrânia, colocando em perspectiva uma possível virada em um conflito que já dura quase quatro anos.
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