A madrugada desta terça-feira (7) foi marcada por uma cena de horror em Porto Velho. Um militar da reserva do Exército Brasileiro foi preso em flagrante acusado de matar a própria filha ao provocar um incêndio dentro da casa onde moravam, no bairro Nacional, zona Norte da capital. A jovem, que tinha deficiência, não conseguiu escapar das chamas e morreu carbonizada antes da chegada do socorro.
De acordo com informações da Polícia Civil, o homem teria discutido com a companheira pouco antes do incêndio. Após a confusão, ele teria espalhado combustível pela residência e ateado fogo. O Corpo de Bombeiros foi acionado por vizinhos que, ao perceberem o fogo e o desespero da família, tentaram arrombar a porta, mas as chamas já tomavam conta de tudo.
Quando as equipes chegaram, parte da casa havia sido destruída. O corpo da jovem foi encontrado em um dos quartos, completamente carbonizado. O militar foi detido no local com queimaduras leves e encaminhado à Central de Flagrantes. Segundo os investigadores, ele apresentava sinais de embriaguez e comportamento alterado.
A perícia da Polícia Técnico-Científica (Politec) isolou o imóvel e recolheu amostras de material inflamável que ajudarão a confirmar se houve uso de gasolina ou outro tipo de combustível. O delegado responsável afirmou que o caso será tratado como homicídio qualificado, podendo ainda incluir agravantes por motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima.
Vizinhos relataram que a família era conhecida na região e que o comportamento do acusado havia mudado nos últimos meses. “A gente via ele quieto, mas ultimamente andava nervoso, falando alto com todo mundo”, contou uma moradora que acompanhou o resgate.
O corpo da vítima foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) para os procedimentos de necropsia. O acusado permanece sob custódia e será transferido para o presídio Aruana, onde aguardará audiência de custódia.
A tragédia mobilizou equipes de assistência social e de direitos humanos, que acompanharão o caso. O Exército Brasileiro informou que acompanha o processo e prestará apoio às autoridades na investigação.
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