O governo do Egito confirmou que vai sediar, na próxima segunda-feira (13), uma grande cúpula internacional na cidade de Sharm el-Sheikh, às margens do Mar Vermelho, reunindo mais de vinte chefes de Estado e representantes de organizações multilaterais. O encontro tem como objetivo transformar o cessar-fogo entre Israel e o Hamas em um acordo de paz permanente.
Segundo informações da agência Reuters, o Egito busca consolidar o diálogo político que levou à trégua firmada nesta semana, garantindo compromissos de segurança para civis, ampliação do fluxo de ajuda humanitária e um plano de reconstrução para a Faixa de Gaza, devastada após meses de bombardeios e combates. O encontro deve resultar em um documento conjunto, com metas de longo prazo e mecanismos de fiscalização internacional.
O presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi pretende apresentar uma proposta que inclua a criação de zonas de segurança sob supervisão da ONU, abertura de corredores permanentes para ajuda humanitária e início de um fundo internacional para reconstrução de infraestrutura civil, como hospitais, escolas e redes de energia e abastecimento de água.
O Egito atua há meses como mediador direto entre Israel, o Hamas e outras potências regionais, mantendo interlocução também com os Estados Unidos e países europeus. A principal aposta de Cairo é que a trégua duradoura só será possível com compromissos firmes de ambas as partes e um sistema internacional de monitoramento que garanta o cumprimento das cláusulas de paz.
Fontes diplomáticas ouvidas pela Reuters informaram que o encontro contará com a presença de observadores da ONU, União Europeia e Liga Árabe, além de delegações técnicas do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional, que devem propor pacotes de financiamento emergencial.
Autoridades egípcias disseram que o país vê a reconstrução de Gaza como uma questão de segurança nacional, já que o conflito prolongado provoca instabilidade em toda a região. O chanceler egípcio Sameh Shoukry afirmou que o objetivo principal da cúpula é “dar início a uma nova fase de estabilidade, onde a paz seja mais do que a ausência de guerra”.
Enquanto os líderes se preparam para o encontro, comboios de ajuda continuam cruzando a fronteira de Rafah levando alimentos, medicamentos e combustível para o território palestino. A ONU estima que mais de 70% das casas em Gaza tenham sido danificadas e que cerca de 1,8 milhão de pessoas estejam deslocadas internamente.
O resultado da reunião de segunda-feira pode definir o futuro imediato da região, marcando o primeiro grande esforço internacional conjunto desde o início da ofensiva israelense. A expectativa é que o encontro produza um “Acordo de Sharm el-Sheikh”, estabelecendo metas concretas de reconstrução e segurança sob acompanhamento global.
(Matéria baseada em informações da Reuters, atualizadas em 11 de outubro de 2025.)
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