Jovem afegã chora e faz forte desabafo sobre situação das mulheres após ofensiva do Talibã

Jovem afegã chora e faz forte desabafo sobre situação das mulheres após ofensiva do Talibã

A ativista paquistanesa e ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, Malala Yousafzai, também compartilhou suas preocupações via Twitter no domingo.

Na gravação repostada pela ativista de direitos humanos Masih Alinejad, já visualizada por milhões de pessoas, a menina desabafa, chorando: “Não contamos porque nascemos no Afeganistão… Não consigo evitar o choro… Ninguém se preocupa conosco. Morreremos lentamente na história”.

Outro vídeo compartilhado pela ativista também vem chamando atenção. No post, ela mostra a mulher afegã tentando fugir de Cabul. “O Talibã entrou na cidade e estamos fugindo. Todo mundo está com medo. Este não é um clipe de um filme de terror, esta é a realidade em Cabul. Na semana passada, a cidade sediou um festival de cinema e agora eles fogem para salvar suas vidas. Comovente de assistir, mas o mundo não faz nada.”

O Talibã governou o Afeganistão de 1996 – 2001, antes de ser derrubado por uma campanha liderada pelos Estados Unidos após os ataques de 11 de setembro. No domingo (15), o movimento fundamentalista islâmico tomou a capital Cabul e voltou ao poder depois de 20 anos. O presidente fugiu do Afeganistão e o palácio presidencial foi tomado.

Sob o governo do Talibã, meninas foram proibidas de frequentar a escola, enquanto as mulheres só podiam aparecer em público acompanhadas de homens e usando roupas que cobrissem o corpo inteiro. Aquelas que não seguissem as ordens do grupo eram castigadas publicamente ou executadas.

No mesmo dia em que o vídeo foi postado, o secretário-geral das Nações Unidas Antônio Guterres disse em um comunicado que “o Afeganistão está saindo de controle” e que o conflito está “afetando ainda mais mulheres e criança”.

Além disso, Guterres disse que está “profundamente abalado com as primeiras indicações de que o Talibã está impondo severas restrições aos direitos humanos nas áreas sob seu controle, especialmente visando mulheres e jornalistas”.

‘É particularmente horrível e doloroso ver relatos sobre os direitos conquistados a duras penas por meninas e mulheres afegãs sendo arrancados delas’, acrescentou.

A ativista paquistanesa e ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, Malala Yousafzai, também compartilhou suas preocupações via Twitter no domingo.

“Assistimos em completo choque o Talibã assumindo o controle do Afeganistão. Estou profundamente preocupada com as mulheres, as minorias e os defensores dos direitos humanos. Os poderes globais, regionais e locais devem pedir um cessar-fogo imediato, fornecer ajuda humanitária urgente e proteger refugiados e civis.”

Malala se tornou um símbolo para os defensores dos direitos humanos quando, em 2012, sobreviveu a um tiro na cabeça de um atirador do Talibã no Paquistão.

Como a mulher é tratada no governo Talibã
No regime anterior, mulheres afegãs não podiam trabalhar, estudar ou ser tratadas por médicos do sexo masculino, a menos que acompanhadas de um homem.

Após a saída do Talibã do poder em 2001, a comunidade internacional acabou trabalhando para abrir escolas para meninas e permitiu que as mulheres retornassem ao trabalho.

No entanto, agora que o grupo assumiu o controle novamente da capital afegã, Cabul, o futuro das mulheres afegãs permanece incerto. Segundo o Daily Mail, relatórios locais dizem que os combatentes do Talibã já estão batendo de porta em porta e obrigando garotas de 12 anos a se casarem com eles, enquanto comandantes jihadistas ordenam que se criem ‘listas de casamento’ e que famílias ofereçam meninas para servidão sexual.

No entanto, agora que o grupo assumiu o controle novamente da capital afegã, Cabul, o futuro das mulheres afegãs permanece incerto. Segundo o Daily Mail, relatórios locais dizem que os combatentes do Talibã já estão batendo de porta em porta e obrigando garotas de 12 anos a se casarem com eles, enquanto comandantes jihadistas ordenam que se criem ‘listas de casamento’ e que famílias ofereçam meninas para servidão sexual.

 

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