Não é de hoje que a atual situação envolvendo o poder no estado de Rondônia vem sendo prevista pelos chamados “profetas políticos”. Há tempos, analistas e observadores vêm apontando sinais de instabilidade que agora se materializam. As recentes denúncias feitas pelo deputado estadual Marcelo Cruz (PRTB) e pelo ex-secretário da Casa Civil, Júnior Gonçalves, contra o atual chefe da Casa Civil, Elias Rezende, caíram como uma bomba nos bastidores do poder.
Mas afinal, o que realmente está em jogo nessa guerra de narrativas — ou de fatos? Estamos em pleno período eleitoral, em que tudo parece ser permitido, exceto perder. De um lado, há um governador que pretende disputar uma vaga no Senado; de outro, um vice-governador pré-candidato ao governo do estado — e, vale lembrar, irmão de Júnior Gonçalves, ex-chefe da Casa Civil.
Elias Rezende, por sua vez, tem seguido orientações de assessores que, ao que tudo indica, vêm contribuindo para o agravamento do conflito com conselhos equivocados. Em momentos como este, o diálogo deveria ser a principal ferramenta para a resolução de impasses. Quando se opta pelo confronto direto em vez da conversa, todos perdem.
Como se não bastasse, o governador de Rondônia encontra-se atualmente ilhado em Tel Aviv, Israel, diante das constantes ameaças de bombardeios do Irã ao país. Junto a ele, estão assessores e alguns prefeitos de municípios do interior do estado.
Esse tipo de ausência não está isento de regras. De acordo com a legislação brasileira:
O governador pode se ausentar por até 10 dias sem necessidade de autorização, mas, caso ultrapasse esse prazo, deve solicitar licença prévia da Assembleia Legislativa do estado. Caso não o faça, pode até perder o cargo, conforme jurisprudência.
Já os prefeitos, por lei, precisam de autorização da Câmara Municipal para qualquer viagem internacional, independentemente da duração. Se a viagem for dentro do Brasil, o prazo máximo sem licença é de 15 dias — além disso, a autorização legislativa é obrigatória.
Caso as denúncias avançarem e venham a se confirmar por meio de investigações e operações, tanto o governador de Rondônia quanto seu vice poderão ser afastados de seus cargos. Nesse cenário, quem assume o comando do estado é o presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia, deputado Alex Redano (REPUBLICANOS).
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