Os nomes mais destacados são Igor Dias Delecrode (28 anos), Felipe Macedo Gomes (35), Anderson Cordeiro (38) e Américo Monte (45). Eles comandam organizações como Amar Brasil Clube de Benefícios, Master Prev, ANDAPP e AASAP — todas sob suspeita em investigações da Polícia Federal por práticas abusivas de cobrança de mensalidades via INSS.
Igor já presidiu a AASAP e atuou em outras associações ligadas ao escândalo. Ele possui empresas no segmento de validação biométrica, que teriam sido contratadas pelas entidades para efetivar as assinaturas de aposentados. Felipe Gomes era presidente da Amar Brasil quando celebrou seu acordo com o INSS, usando como contato empresarial sua fintech — ele relata ter começado a “crescer” a partir de setembro de 2022, apontando para forte aceleração na receita.
Em meio às investigações, Amar Brasil firmou cooperação com o INSS e, no período de 2022 a meados de 2024, arrecadou valores expressivos em contribuições de aposentados. Transações entre pessoas ligadas às entidades também chamam atenção: um repasse de R$ 93 mil de uma das organizações para advogado filho de ex-diretor do INSS é um dos casos sob análise.
Outros fatos revelados apontam que entidades operavam com redes de advogados que atuavam em nome de diversas associações, muitas vezes com procurações repetidas ou que não figuram nas investigações oficiais. Assinaturas digitais e biometria foram validadas por empresas pertencentes aos próprios dirigentes, configurando conflito de interesses nas apurações.
Enquanto o escândalo se aprofunda, autoras da operação apelidada de “Sem Desconto” continuam cumprindo mandados de busca e apreensão em diferentes estados, e bloqueios de bens já foram decretados para dirigentes e empresas investigadas. As denúncias têm colocado em xeque a credibilidade de acordos entre o INSS e associações de aposentados, e comunidades de beneficiários aguardam esclarecimentos e ressarcimentos dos valores indevidamente descontados.
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