O procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou não ter sido informado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a operação da Polícia Federal contra o ministro do meio ambiente, Ricardo Salles, deflagrada nesta quarta-feira (19).
Em nota, a Procuradoria-Geral da República (PGR) informou que “não foi instada a se manifestar sobre a medida, o que, em princípio, pode violar o sistema constitucional acusatório”.
O ministro Salles é alvo de mandados de busca e apreensão ordenados pelo ministro Alexandre de Moraes. Na decisão, o ministro determina que seja dada imediata ciência à PGR após o cumprimento das diligências.
A Polícia Federal investiga se há participação do ministro em um esquema de facilitação de exportação ilegal de madeira. As investigações teriam começado em janeiro, a partir de informações obtidas de autoridades estrangeiras que noticiavam um possível desvio de conduta de servidores públicos brasileiros no processo de exportação de madeira.
A procuradora da República Thaméa Danelon comentou que em 21 anos como membro do MPF, nunca testemunhou uma operação policial sem a ciência do Ministério Público.
“Como titular da Ação Penal Pública, o MP SEMPRE deve tomar ciência da realização de medidas cautelares em uma investigação conduzida pela polícia”, escreveu em suas redes sociais.
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