Nos últimos dias Porto Velho voltou às manchetes com a operação Face Oculta na Câmara de Vereadores, quando foram cumpridos 26 mandados de busca e apreensão e determinados seis afastamentos cautelares de um vereador e assessores por 30 dias, e o delegado que comanda as investigações avisou que outros desdobramentos ainda podem acontecer. Ao mesmo tempo surgem outros capítulos pelo estado que mostram que os problemas não se limitam a um gabinete ou a uma cidade.
Em Ji-Paraná uma investigação no regime próprio de previdência do município apontou prejuízos estimados em mais de R$ 41 milhões, com suspeitas que vão de gestão fraudulenta a lavagem de dinheiro. Em outro caso grave foram identificados esquemas de fraude fundiária que resultaram no sequestro de R$ 82 milhões e na apuração de crimes como corrupção ativa e passiva e estelionato. Ainda em Porto Velho há investigações relativas a contratos emergenciais na casa de gestão que envolvem valores na ordem de R$ 35,7 milhões e indícios de pagamento antecipado de propina. Na área da saúde houve condenação que levou à devolução de cerca de R$ 409,9 mil por fraudes em folhas de ponto em unidades de atendimento da região. Em Vilhena e em outras cidades surgiram denúncias sobre desvios ligados a empresas ligadas a agentes públicos e práticas de difícil rastreamento.
Dessa forma os episódios se espalham por câmaras, prefeituras, fundos de previdência e contratos de saúde, mostrando um padrão que atravessa instituições. Assim, por um lado as operações policiais e as ações do Ministério Público mostram que há apuração em andamento e medidas sendo tomadas. Por outro lado esses mesmos episódios deixam claro que o problema tem várias faces e que os efeitos atingem serviço público, emprego e confiança da população.
Ao narrar os fatos vale notar que números e mandados não apagam a necessidade de investigações completas e de decisões judiciais que confirmem responsabilidades. Portanto acompanham as fases da apuração novas buscas, novas diligências e, em alguns casos, afastamentos e prisões temporárias, sempre com a perspectiva de que mais etapas possam surgir.
No meio desse cenário a conversa sobre mudança volta a aparecer nas redes, nas filas e nas conversas de bar. Por enquanto seguem as operações e a espera por desdobramentos. Quem vive aqui continua observando, cobrando e questionando, porque no fim o que está em jogo é a rotina do povo que paga imposto e espera serviço funcionando.
Da Redação
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