O mês de julho é um período de pausa do Legislativo, quando o Congresso Nacional (Senado e Câmara Federal), Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais entram em recesso (não são realizadas sessões ordinárias) e, caso seja necessário discutir e votar projetos de lei, por exemplo, são convocadas sessões extraordinárias pelos Poderes Executivos (governo federal, estadual e municipal). É o mês em que os políticos da área legislativa (senadores, deputados federais e estaduais, e vereadores) aproveitam para percorrer suas bases eleitorais, mantendo contato com as lideranças regionais, seja nas cidades ou na área rural.
No próximo ano, teremos eleições gerais para presidente da República, governadores e respectivos vices; duas das três vagas ao Senado de cada Estado e do Distrito Federal, Câmara Federal e Assembleias Legislativas. Não teremos eleições apenas para prefeito e vereador, que foram realizadas em outubro de 2024.
Em Rondônia, as Eleições Gerais de 2026 já movimentam os políticos na capital e no interior do Estado. Durante o período de recesso, o ex-prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves, presidente regional do PSDB, que teve dois mandatos seguidos, percorreu inúmeros municípios em busca de parcerias para suas pretensões de se candidatar à sucessão estadual no próximo ano.
Aproveitando o recesso, o deputado federal Fernando Máximo, mais votado (85.596 votos) à Câmara Federal em 2022, também colocou o pé na estrada em busca de apoio para suas pretensões de concorrer ao governo em 2026. Sua base eleitoral é, a exemplo de Hildon, na capital, e ele busca uma parceria no interior para concretizar seu projeto de governar Rondônia a partir de 2027.
São os primeiros a se colocarem como prováveis candidatos a cargo eletivo no próximo ano. No caso, ao governo.
Hoje temos, além de Hildon e Máximo como postulantes à sucessão estadual, o governador Marcos Rocha (União), com dois mandatos seguidos, que formata a candidatura a uma das duas vagas ao Senado, atualmente ocupadas por Confúcio Moura e Marcos Rogério, presidentes regionais do MDB e PL, respectivamente.
Quem também trabalha para ocupar uma das duas vagas ao Senado é a deputada federal Sílvia Cristina, presidente regional do PP. Ela obteve mais de 64 mil votos nas eleições de 2022, sendo a segunda mais bem votada no Estado, e realiza um amplo e bem conduzido programa de assistência social na capital e no interior. Ela lidera as sondagens de opinião pública relacionadas às vagas ao Senado, segundo empresas especializadas na área.
As ações principais no segundo semestre do Congresso e das Assembleias Legislativas certamente irão priorizar os orçamentos da União e dos Estados para o próximo ano, mas sempre com as Eleições de 2026 no retrovisor. As mudanças político-partidárias também ocorrerão. De acordo com o cronograma, somente a partir de 2028 os mandatos executivos (presidente da República, governadores e prefeitos) provavelmente passarão a ser de cinco anos, sem direito à reeleição.
Os próximos meses serão decisivos para quem pretende concorrer a cargos eletivos em 2026. Até a próxima Janela Partidária (de 6 de março a 5 de abril de 2026), quando deputados federais, estaduais e distritais poderão mudar de partido sem perder o mandato, certamente teremos muitas negociações nos bastidores e políticos mudando de sigla partidária.
Um exemplo é Fernando Máximo, que dificilmente permanecerá no União Brasil. Recentemente, a deputada federal Sílvia Cristina, que preside o PP no Estado, foi convidada a assinar ficha de filiação no Avante, presidido no Estado pelo ex-deputado estadual Jair Montes. É difícil que ela aceite, por presidir o PP no Estado, mas não é impossível — pois, em política, como já dizia o saudoso ex-governador mineiro Magalhães Pinto, nada é impossível, pois “é como nuvem: você olha e está de um jeito. Olha de novo e já mudou”.
E hoje continua da mesma forma. Na política, não há “Sim” que permaneça, nem “Não” que perdure…
Participe da nossa comunidade!
Clique aqui para entrar no grupo do WhatsApp