A presidente do México, Claudia Sheinbaum, teve de adotar uma postura defensiva após declarações polêmicas do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que acusou o governo mexicano de ter vínculos com cartéis do narcotráfico. Em resposta, Sheinbaum repudiou as acusações, classificando-as como caluniosas e irresponsáveis, e afirmou que não aceitará ameaças à soberania do país. A tensão aumentou quando Trump anunciou a intenção de aplicar tarifas de 25% sobre produtos mexicanos, sob a justificativa de que o México estaria colaborando com o crime organizado.
Diante do cenário, a presidente apresentou um “Plano B” com medidas políticas e econômicas para proteger o país caso as tarifas sejam impostas. Como parte da resposta diplomática, Sheinbaum propôs a criação de uma mesa bilateral com os Estados Unidos para discutir temas como segurança e saúde pública, com ênfase no combate ao narcotráfico. Ela defendeu uma cooperação baseada no respeito mútuo e reafirmou que a segurança interna é responsabilidade exclusiva do povo mexicano, rejeitando categoricamente a entrada de tropas americanas no território nacional.
O posicionamento firme da presidente recebeu apoio unânime dos governadores dos 32 estados mexicanos, que divulgaram uma nota conjunta em defesa da soberania nacional e do combate ao crime organizado, além de condenar qualquer forma de ingerência externa. O episódio marca um momento delicado nas relações diplomáticas entre México e Estados Unidos, em meio à pressão norte-americana por ações mais duras contra o tráfico de drogas e aos esforços do governo mexicano para preservar o diálogo com Washington sem abrir mão de sua autonomia.
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