O que era pra ser pura celebração do esporte rondoniense tem sido manchado por cenas de tensão fora das quatro linhas. Nos Jogos Intermunicipais de Rondônia 2025, disputados em várias cidades do estado, a bola até rola com emoção, mas o apito tem sido motivo de revolta.
Atletas e torcedores reclamam da conduta de árbitros e gestores esportivos, especialmente nas partidas de futsal e futebol society. Cartões amarelos e vermelhos surgem com frequência, muitas vezes sem explicação, e o diálogo, segundo os jogadores, é quase inexistente. O clima que deveria ser de competição saudável acabou se transformando em desconfiança e desgaste.
Durante uma das rodadas, uma atleta que não estava relacionada para o jogo fazia uma transmissão ao vivo da arquibancada quando foi abordada por um coordenador da competição. O gestor, em tom ríspido, mandou que ela parasse de filmar, alegando que a gravação não era permitida. A atitude causou indignação no público, que lembrou que o direito à imagem e à liberdade de expressão é garantido a quem está fora de quadra.
Relatos também apontam para o comportamento autoritário de alguns árbitros, que têm usado o cartão como forma de intimidação. Em partidas equilibradas, lances simples viram motivo para advertências severas, o que afeta o desempenho dos times e o clima entre as equipes.
Mesmo com os impasses, o JIR segue movimentando ginásios e arenas em todo o estado, com boa presença de público e destaque para as modalidades de vôlei, handebol e atletismo, onde o espírito esportivo ainda prevalece.
Atletas e técnicos esperam que a coordenação do evento reveja a postura de sua equipe e promova reuniões com a comissão de arbitragem. Para muitos, o JIR é mais do que uma disputa: é símbolo de união entre os municípios e vitrine do talento esportivo de Rondônia — algo que não pode ser ofuscado por autoritarismo e falta de diálogo.
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