O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta semana bloquear as contas bancárias, bens e até movimentações via PIX do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A medida, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, faz parte de uma nova fase das investigações que apuram possíveis atos antidemocráticos ligados ao entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A decisão foi tomada de forma sigilosa, mas fontes próximas ao caso confirmam que o bloqueio tem como objetivo evitar a ocultação de patrimônio e garantir o avanço das investigações. Eduardo é investigado por supostamente participar de articulações que envolvem ataques às instituições democráticas, financiamento de manifestações ilegais e até uso de canais alternativos para movimentações financeiras, como criptomoedas e transferências via PIX.
Essa não é a primeira vez que o nome de Eduardo Bolsonaro aparece em inquéritos delicados. Ele já foi alvo de quebras de sigilo bancário e telefônico, e é citado em processos que investigam a disseminação de fake news e o apoio logístico a manifestações extremistas, como as que culminaram nos ataques aos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023.
Até o momento, Eduardo não se pronunciou oficialmente sobre o bloqueio. Sua defesa informou apenas que ainda não foi notificada formalmente e que tomará as medidas cabíveis assim que tiver acesso ao conteúdo da decisão. Nos bastidores, parlamentares aliados classificam a medida como exagerada, enquanto opositores destacam que a Justiça está agindo com firmeza diante de possíveis abusos.
O bloqueio dos bens de um deputado federal em exercício não é uma decisão comum e indica o grau de seriedade com que o STF está tratando o caso. Além de atingir diretamente o patrimônio de um dos principais representantes do bolsonarismo, a medida também reacende o debate sobre os limites da imunidade parlamentar e o papel do Judiciário em momentos de crise institucional.
Enquanto isso, o clima político em Brasília segue tenso. A expectativa é que outras medidas semelhantes possam ser tomadas nos próximos dias contra nomes ligados aos eventos investigados. Resta saber quais serão os próximos passos de Eduardo e como essa decisão poderá impactar a base política de seu pai, Jair Bolsonaro.
Se a justiça tarda, nesse caso ela chegou direto no bolso — e no PIX — de quem está no centro da polêmica.
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