Além do escritório, a casa de Ibaneis também passa por busca e apreeensão. Kakay classificou a operação como um “atentado à estabilidade democrática”. “Esta não é uma questão política, é de respeito aos direitos dos advogados, e dos que precisam se socorrer na advocacia. Na verdade é um atentado à estabilidade democrática”, declarou em nota.
Para o advogado, “a busca e apreensão atinge por tabela todos os clientes, com a quebra do sigilo sagrado entre o advogado e cliente”. “É assim que se instala a arbitrariedade e o abuso contra o Estado Democrático de Direito”, acrescenta.
O especialista criminal elogiou a carreira de Ibaneis na advocacia e defendeu que “a comunidade jurídica e democrática se manifeste” sobre a entrada dos policiais no escritório. “Ibaneis foi presidente da OAB (Ordem dos Advogados Brasileiros) e era, até a posse no cargo de governador, um advogado militante com intensa atuação”, pontuou.
A Seccional do Distrito Federal da OAB informou, nesta sexta-feira (20/1), que acompanhou a operação de busca e apreensão no escritório de Ibaneis. A atitude é, de acordo com a instituição, uma imposição legal para garantir que não sejam “feridas as prerrogativas profissionais” dos advogados.
“A OAB/DF, como é imposição legal, acompanha casos em que a Justiça determina busca e apreensão contra escritórios de advocacia em vista de não serem feridas as suas prerrogativas profissionais e sempre no estrito cumprimento da ordem judicial”, diz a instituição em nota. A Ordem também ressalta que Ibaneis está licenciado do escritório por não poder atuar enquanto estiver à frente do Governo do Distrito Federal (GDF).
A operação foi solicitada pelo Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos da Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. O objetivo é apurar informações sobre os atos golpistas ocorridos no dia 8 de janeiro — atentado criminoso contra as sedes dos Três Poderes que levou ao afastamento de Ibaneis do Governo do Distrito Federal (GDF).
A PGR e o STF apuram se o governador teve responsabilidade sobre as falhas da Segurança Pública do DF no dia do atentado, que permitiram a invasão e depredação do STF, Palácio do Planalto e Congresso Nacional.
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