Rio divulga nomes dos mortos em megaoperação no Alemão e na Penha
Reprodução Internet

Rio divulga nomes dos mortos em megaoperação no Alemão e na Penha

Ação das forças de segurança resultou em 119 mortes, sendo 115 suspeitos e quatro policiais, e se tornou uma das mais letais da história do estado

O Governo do Estado do Rio de Janeiro divulgou nesta sexta-feira, dia 31, a lista oficial com os nomes dos suspeitos mortos durante a megaoperação realizada nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte da capital. A ação contou com a participação de centenas de agentes das polícias Civil e Militar e teve como objetivo o cumprimento de mandados de prisão e o combate ao avanço de facções criminosas que atuam em diferentes estados do país.

De acordo com as informações divulgadas pelo governo, a operação deixou cento e dezenove mortos, sendo cento e quinze suspeitos e quatro policiais. O levantamento aponta que noventa e nove suspeitos já foram identificados, a maioria com antecedentes criminais ou mandados de prisão em aberto. Entre os mortos estão indivíduos conhecidos por envolvimento com o tráfico em vários estados brasileiros.

A lista inclui nomes como “PP”, apontado como chefe do tráfico no Pará, “Chico Rato” e “Gringo”, ligados ao tráfico em Manaus, “Mazola”, de Feira de Santana, na Bahia, além de “DG” e “FB”, também da Bahia. Entre os mortos confirmados estão ainda Fernando Henrique dos Santos, identificado como líder de uma facção em Goiás, “Rodinha”, de Goiânia, e “Russo”, considerado chefe do tráfico em Vitória, no Espírito Santo.

O governo do estado informou que todos os mortos eram alvos de investigações em andamento e que a divulgação dos nomes tem o objetivo de dar transparência à operação. As autoridades afirmam que o trabalho foi resultado de um esforço conjunto de inteligência e cooperação entre diferentes órgãos de segurança pública.

A Secretaria de Segurança Pública ainda não divulgou o balanço final de armas, drogas e veículos apreendidos. As informações detalhadas sobre o material recolhido e o resultado completo das diligências deverão ser apresentados após a conclusão das perícias.

Organizações de direitos humanos solicitaram uma apuração sobre as circunstâncias das mortes e possíveis abusos cometidos durante a operação. O caso está sob investigação interna da Secretaria de Segurança e acompanhamento do Ministério Público do Rio de Janeiro, que deverá avaliar a legalidade e a condução das ações realizadas pelas forças policiais.

A megaoperação é considerada uma das maiores e mais letais da história recente do estado e faz parte de uma série de ações voltadas ao enfrentamento do crime organizado no Rio de Janeiro e em outros estados. O governo afirmou que novas fases de operações integradas estão previstas para os próximos meses, com foco no cumprimento de mandados de prisão e desarticulação de rotas interestaduais de tráfico.

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