Jornalista questiona possível aparelhamento em RO

Jornalista questiona possível aparelhamento em RO

Embora as autoridades ainda não tenham se pronunciado oficialmente, o conteúdo gerou desconforto entre os parlamentares mirins e impulsionou o debate público.

O jornalista e colunista Herbert Lins, que escreve diariamente para o site “rondoniadinamica.com.br”, tem chamado atenção nas últimas semanas com as edições da coluna Falando Sério. Nelas, ele revela bastidores da política de Rondônia com informações que, segundo afirma, têm potencial para abalar profundamente as estruturas de poder no estado. As publicações se destacam pela abordagem direta e pelo tratamento de temas sensíveis, muitas vezes pouco explorados pela mídia rondoniense.

Entre os temas mais repercutidos está a denúncia sobre possíveis irregularidades envolvendo empréstimos vinculados à Câmara Municipal de Vereadores de Porto Velho. A revelação teria provocado reações internas no legislativo municipal e contribuído para a suspensão dessas práticas, culminando inclusive no encerramento de um contrato. Embora as autoridades ainda não tenham se pronunciado oficialmente, o conteúdo gerou desconforto entre os parlamentares mirins e impulsionou o debate público.

Outro ponto abordado por Lins, e que merece atenção, envolve a suspeita de uso político de estruturas públicas em Rondônia. Segundo ele, há indícios de que determinadas instituições estariam sendo direcionadas para proteger interesses específicos, o que colocaria em xeque a neutralidade e a independência dessas estruturas.

Diante disso, faço uma análise que remete a episódios passados no estado, quando figuras públicas influentes foram alvo de operações e investigações. A semelhança entre os contextos levanta a hipótese de que certos padrões estejam se repetindo — sugerindo que Rondônia pode estar vivenciando, mais uma vez, práticas que comprometem a credibilidade institucional e a transparência da gestão pública.

Não por acaso, o estado tem sido comparado a um “queijo suíço” — metáfora que representa a fragilidade percebida nas estruturas de controle e fiscalização. As “lacunas” dessa comparação estariam relacionadas a suspeitas de irregularidades em diferentes setores, incluindo fraudes em atas oficiais e inconsistências em contratos públicos, como os voltados à aquisição de materiais didáticos.

Outro tema sensível tratado nas colunas é o relato de conflitos internos na Polícia Civil de Rondônia. Lins sugere que disputas entre grupos dentro da corporação podem estar interferindo diretamente em investigações relevantes. Essa instabilidade levanta dúvidas sobre a autonomia e a imparcialidade dos processos conduzidos no âmbito da segurança pública.

Na edição publicada nesta segunda-feira (17) no site Rondônia Dinâmica, Herbert Lins propõe que a Polícia Federal acompanhe de perto os possíveis sinais de interferência institucional e atue na apuração das denúncias, com o objetivo de garantir investigações independentes e isentas de pressões políticas.

As informações apresentadas na coluna revelam um cenário que remete a um inquietante déjà-vu político em Rondônia — um ciclo que insiste em se repetir, desafiando a capacidade do estado de romper com velhas práticas e avançar rumo a uma gestão pública realmente transparente e confiável.

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