Em Vilhena, o debate da vez envolve o auxílio-alimentação dos vereadores. Mesmo durante o recesso, quando a Câmara não realiza sessões, eles continuam recebendo o benefício. O valor, criado para ajudar nas despesas do trabalho parlamentar, cai todo mês sem corte ou redução.
Na última reunião, moradores foram até o plenário para pedir que os vereadores abrissem mão do auxílio enquanto não estivessem em atividade. Os parlamentares, porém, votaram contra a proposta de abrir espaço para a fala popular. Por isso, quem acompanhava saiu com a sensação de que a voz do povo não teve vez. Logo depois, a cena correu pelas redes sociais e rádios locais.
Enquanto muitas famílias contam moeda para enfrentar a alta no preço dos alimentos, os vereadores seguem recebendo o auxílio integral. O contraste salta aos olhos porque a verba nasceu para apoiar o trabalho no mandato, mas continua mesmo quando não há atividade parlamentar.
Vilhena já viveu momentos parecidos em outras discussões sobre verbas extras. Por isso, cresce a pressão para que os gastos da Câmara acompanhem a realidade de quem trabalha e luta para manter a casa.
Ao manter o auxílio no recesso e ao mesmo tempo impedir a fala dos moradores, os vereadores mostraram distância em relação à população. Nas ruas, o assunto segue vivo e deve ganhar ainda mais espaço nos próximos dias.
Fonte: Revista Reflexo Político, 21 de setembro de 2025 — “Vereadores de Vilhena recebem auxílio-alimentação mesmo durante período de recesso parlamentar e se negaram a ouvir a população” (revistareflexopolitico.com.br).
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