Nos últimos tempos, diversas empresas têm surgido para explorar uma das áreas que mais cresce: o mercado da comunicação digital. Embora a expressão “o sol nasceu para todos” seja válida, é fundamental que os órgãos reguladores implementem regras para organizar e fiscalizar esse setor. No mínimo, deveria ser exigido um CNPJ para operar nesse mercado, que movimenta anualmente mais de R$ 3 milhões.
Recentemente, o jornalista e blogueiro responsável pela página Entrelinhas denunciou um esquema de favorecimento político que beneficia alguns veículos de comunicação em detrimento de outros. Atualmente, os principais portais de mídia digital da região incluem RondoniAovivo, NewsRondônia, RondoniaDinâmica, RondoniAgora, JHNotícias, PortalRondônia, entre outros.
Como funciona
Suponha que um órgão público tenha destinado R$ 300 mil para publicidade em sites de notícias. Se houver 20 portais habilitados para receber essa verba, o cálculo seria simples: R$ 300.000,00 ÷ 20 = R$ 15.000,00 para cada um, desde que todos tenham uma média de acessos similar. A distribuição da verba é feita com base na audiência de cada veículo, e a escolha dos serviços a serem adquiridos fica a cargo do responsável pela instituição contratante.
O problema surge quando novos sites qualificados entram no mercado, reduzindo a fatia de verba destinada aos veículos já estabelecidos. Muitos dos sites que recebem altos valores de publicidade institucional (PI) são considerados “de fachada”, sem redação estruturada, jornalistas contratados ou qualquer compromisso real com a informação. Dessa perspectiva, a concorrência torna-se desleal, uma vez que empresários do setor arcam com despesas trabalhistas e impostos, enquanto esses portais informais operam sem custos fixos significativos.
Participe da nossa comunidade!
Clique aqui para entrar no grupo do WhatsApp