A Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril de Rondônia (Idaron) teve um ano positivo, com contribuições importantes para aumentar a eficiência e a produtividade do agronegócio no estado. Um dos destaques foi a campanha de Declaração de Rebanhos, que aconteceu de maio a novembro. Essa ação é essencial para a pecuária rondoniense, ajudando a manter o status de livre de Febre Aftosa sem vacinação e de livre de Peste Suína Clássica.
O governador Marcos Rocha ressaltou a importância dessas ações, especialmente por Rondônia ser um dos estados com o maior rebanho bovino do Brasil, e por ser o maior entre as áreas reconhecidas internacionalmente como livres de febre aftosa sem vacinação, com mais de 18 milhões de cabeças de gado.
Segundo o presidente da Idaron, Julio Cesar Rocha Peres, a tecnologia tem sido uma grande aliada dos produtores rurais, facilitando o cumprimento das exigências do serviço veterinário oficial. O sistema eletrônico da Idaron reúne quase todos os serviços relacionados à defesa agropecuária, o que reduz a necessidade de visitas presenciais aos postos da Agência.
A Idaron também teve um papel importante nas missões internacionais que visitaram o estado para conferir a qualidade dos rebanhos e as políticas de biossegurança implementadas pelos produtores e pelo governo estadual. Em 2023, missões da República Dominicana, México e Filipinas estiveram em Rondônia. Em 2024, foi a vez de uma missão do Chile, que conheceu de perto as condições de criação de bovinos e suínos e as práticas de prevenção e controle de doenças.
Em relação à inspeção, o Serviço de Inspeção Estadual (SIE) da Idaron se destacou, especialmente com a ampliação do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI-POA), que agora inclui indústrias de leite, ovos e pescados, além das de abate e beneficiamento de carnes.
A Idaron também realizou um importante inquérito epidemiológico em 2024 para avaliar a prevalência de Brucelose e Tuberculose bovina em Rondônia. Foram analisadas cerca de 925 propriedades, com 10 mil animais testados para brucelose e 20 mil para tuberculose.
Além disso, o trabalho da Idaron foi reconhecido nacional e internacionalmente, colocando Rondônia como um modelo de boas práticas sanitárias. Técnicos de outras agências de defesa agropecuária, como as de Roraima e Pará, visitaram o estado para trocar experiências.
No campo da produção agrícola, a Idaron também se destacou na defesa fitossanitária, cumprindo as orientações do Ministério da Agricultura (Mapa) e garantindo a qualidade dos produtos agrícolas de Rondônia, que conquistaram prêmios no Brasil e no exterior. Um exemplo disso foi a prevenção da Monilíase do Cacaueiro, uma doença que foi mantida fora do estado, graças ao trabalho de fiscalização nas regiões fronteiriças e nas áreas de cultivo de cacau e cupuaçu.
A Idaron também se dedicou à educação sobre o uso seguro de agrotóxicos, com reuniões periódicas com produtores para garantir que as normas de segurança e sustentabilidade sejam seguidas. Além disso, a Agência teve um papel fundamental na promoção da qualidade dos frutos e amêndoas de cacau no Concacau, contribuindo para a sanidade das produções e realizando auditorias e ações de conscientização durante o evento.
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