O juiz de Direito Hedy Carlos Soares, preso na última quarta-feira no aeroporto de Guarulhos (SP) quando iria embarcar para os Estados Unidos, onde residem sua esposa e filhos, é acusado pelo Ministério Público de Rondônia de comandar um grupo criminoso atuando em Buritis, integrado por advogados e policiais civis de São Paulo.
Esta semana, o desembargador Osny Claro de Oliveira Júnior expediu mandados de prisão, buscas e apreensões de veículos, criptomoedas, gado e dinheiro em nome do juiz e demais envolvidos, totalizando pouco mais de R$ 4 milhões. O juiz, segundo a denúncia, usa um laranja para acobertar patrimônio e lava dinheiro com transações de gado e criptomoedas.
O caso começou a ser investigado quando Andréia de Lima Sinotti procurou a polícia alegando que o juiz, acompanhado de dois capangas armados, invadiram sua casa e a obrigaram a assinar uma procuração dando plenos poderes a Wevergton Alves da Silva para ele administrar o patrimônio dela e de seu marido, Sérgio Beraldo Santos, a mando do magistrado.
Os capangas armados eram os policiais civis paulistas Edson Navarro Miranda e Claudinei Aparecido Ribeiro, que viajaram para Buritis apenas para intimidar Sérgio, que segundo o juiz ‘lhe deve R$ 3 milhões’. Na cidade, quem ‘opera’ com o magistrado é a advogada Bárbara Siqueira Pereira, que segundo o MP, teria ‘aconselhado’ Andréia a fazer outro boletim de ocorrência tirando o nome do juiz para ‘não prejudicá-lo’.
Extorsão, uso de laranja e capangas armados; os supostos crimes do juiz Hedy Carlos Soares que resultaram em sua prisão, em RO.
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Conforme as investigações do Ministério Público, no período em que Sérgio trabalhou para Hedy Carlos, Andréia teria movimentado a quantia de R$ 4.236.665,47, valor este absolutamente incompatível com a renda declarada, o que reforça, segundo o Ministério Público, o fato de Andréia e Sérgio também atuavam como “laranjas” de Hedy Carlos.
A justiça de Rondônia determinou as prisões preventivas de Hedy Carlos, Bárbara, Edson e Claudinei. Além dos afastamentos de seus respectivos cargos públicos e proibição de ter qualquer forma de contato entre si ou com as supostas vítimas, Andréia de Lima Sinotti e Sérgio Beraldo Santos e com as testemunhas Guilherme José de Almeida, Natália Roberto e Lucas Torres Ribeiro.
A notícia é do Site PainelPolítico
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