O vice-governador de Rondônia, Sérgio Gonçalves (União Brasil), negou qualquer tentativa de tomar o mandato do governador Marcos Rocha (União Brasil). Em uma live nas redes sociais, que durou mais de 40 minutos na noite desta quinta-feira, Sérgio disse ter sido surpreendido ao saber de sua exoneração da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SEDES) por meio de uma reportagem na TV, o que classificou como uma grande injustiça.
Segundo ele, os ataques começaram após sua recusa em negociar uma vaga no Tribunal de Contas de Rondônia. Para Sérgio, o governador está sendo mal orientado e cercado por pessoas que o alimentam com mentiras.
Apesar das adversidades, o vice-governador afirmou que seguirá firme com sua pré-candidatura ao Governo. “Não busco brigas, mas também não fujo delas. Vou me defender”, disse. Ele reforçou que sempre agiu de forma transparente: “Trabalho à luz do sol, não nas sombras”, afirmou, ao comentar a ação no Tribunal de Justiça para garantir suas prerrogativas constitucionais como vice-governador.
Sérgio também criticou a emenda constitucional aprovada de forma acelerada pela Assembleia Legislativa, que permite ao governador permanecer fora do Estado além dos 15 dias previstos na lei sem precisar se licenciar. Para ele, isso fere a Constituição e ameaça a democracia.
Durante a transmissão, Sérgio apareceu ao lado do pai, José Gonçalves, de 80 anos, que dedicou 45 anos à rede de supermercados da família. O vice-governador rebateu críticas sobre o histórico empresarial da família: “Uma empresa pode falir, mas as pessoas sempre têm o direito de recomeçar. Foi justo chamarem nossa família de falida?”, questionou, destacando que mais de 2 mil famílias já foram empregadas na rede.
Sérgio também fez questão de agradecer aos servidores da SEDES, destacando que a secretaria se tornou uma das mais estratégicas do governo estadual, com mais de R$ 300 milhões em projetos e um programa de crédito que superou R$ 230 milhões, fortalecendo micro e pequenos negócios. Ele também celebrou o crescimento previsto de 4,7% para o PIB de Rondônia este ano.
Ao mesmo tempo que reconheceu a confiança do governador ao indicá-lo para a SEDES, Sérgio não poupou críticas. “Sei que o governador é um homem de fé, mas muitos acabam se perdendo em suas decisões. Oro para que Deus abra seus olhos e que sua sede de poder seja substituída pela vontade divina”, declarou.
Por fim, Sérgio afirmou que há uma movimentação clara para inviabilizar sua participação na disputa eleitoral e para impedir que assuma o governo em abril. Mesmo assim, reiterou que não recuará diante das tentativas de desestabilização. Ele prometeu continuar atualizando seus apoiadores e a população sobre os próximos desdobramentos.
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