FakeNews: A arte da desconstrução que infelizmente funciona

FakeNews: A arte da desconstrução que infelizmente funciona

Uma das piores maneiras de destruir a imagem de qualquer pessoa, é criando uma inverdade que pareça verdade, baseada em comportamentos do alvo ou vítima.

A palavra Fake News ganhou proeminência nas últimas eleições de 2018, que segundo o STF foram responsáveis pela desconstrução do partido dos trabalhadores, PT.

Uma das piores maneiras de destruir a imagem de qualquer pessoa, é criando uma inverdade que pareça verdade, baseada em comportamentos do alvo ou vítima.

Em 1917  fotos de Elsie Wright, de 16 anos, e a prima Frances Griffiths, rodaram o mundo. As fotos, que ficaram conhecidas mundialmente como “imagens das fadas de Cottingley”, foram tiradas pelas meninas  na Inglaterra que diziam receber a visita de fadas no quintal da casa em que moravam. As primeiras impressões em jornal saíram em 1920. Na época acreditava-se tratar de uma pegadinha. Mas quando Arthur Conan Doyle, criador do lendário Sherlock Holmes e era espiritualista, entrou na história e sustentou que as fadas eram reais, muitos acabaram se convencendo. Até cientistas renomados começaram a balançar.

O pai de uma das meninas,  fotógrafo, acreditava que as fotos eram falsas, mas sua esposa decidiu procurar um grupo de pesquisa mística para investigar se a filha estava mentindo.

Edward Gardner, líder do grupo, ficou encantado com a foto, que, pelas mãos dele, tornou-se bastante popular. Em 1920, Elsie e Frances entregaram a Gardner novas “provas”. O famoso autor Doyle chegou a procurar a Kodak de modo a saber sobre a autenticidade das fotos, que afirmou  não haver sinais de falsificação. A empresa se recusou a emitir um certificado sobre a autenticidade das fotos.

Décadas depois, entretanto, as primas confessaram que tudo não passou de um truque. Em entrevista em 1983, Elsie e Frances disseram que as fadas haviam sido elaboradas com papelão.

Por que demoraram tanto para revelar a verdade? Em 1985, Elsie contou ter ficado sem graça pelo fato de Dyle acreditar nelas e sofria com a ideia de desapontá-lo. 

Joseph Goebbels que foi ministro da Propaganda de Adolf Hitler na Alemanha Nazista certa vez afirmou: uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade.  Uma mentira bem contada pode se tornar verdade.

As fakenews consegue destruir um candidato a qualquer cargo eletivo, lógico com suas devidas proporções. O investimento para destruir um candidato a vereador é menor que um candidato à presidência da república.

Recentemente o TSE fez um acordo com a empresa de mensagens instantâneas WhatsApp, que gerou críticas pelo presidente Jair Bolsonaro.

Infelizmente será uma das principais ferramentas para desconstrução de candidatos nas eleições de 2022, a ser usado no único mecanismo, ao qual sua percepção é demorada, e sua destruição é rápida como uma bomba atômica.

Na próxima matéria discorremos sobre esta ferramenta.

Por Rosinaldo Pires — Jornalista

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