A Polícia Federal deflagrou, na manhã de quinta-feira, 7 de agosto de 2025, a Operação “Metal Dourado” para desarticular uma organização criminosa especializada na lavagem de dinheiro proveniente da extração ilegal de ouro em terras indígenas no estado de Mato Grosso. A investigação, que revelou um esquema sofisticado para dar aparência lícita aos recursos, aponta para a movimentação de mais de R$ 56 milhões pelo grupo.
A operação mobilizou agentes para cumprir 12 mandados de busca e apreensão nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande e Pontes e Lacerda. As ordens judiciais também determinaram o sequestro de bens e o bloqueio de contas bancárias dos investigados, visando descapitalizar o grupo criminoso e garantir o ressarcimento dos danos causados.
De acordo com as investigações da Polícia Federal, o esquema funcionava em várias etapas. O ouro, extraído ilegalmente de garimpos em áreas protegidas, era “esquentado” por meio de empresas de fachada e laranjas. Essas empresas simulavam a compra e venda do metal precioso, emitindo notas fiscais fraudulentas para justificar a origem do dinheiro. Posteriormente, os valores eram reintroduzidos no sistema financeiro através de diversas transações, incluindo a compra de imóveis e outros bens de luxo, completando o ciclo da lavagem de dinheiro.
A ação da PF visa não apenas reprimir a atividade garimpeira ilegal, que causa severos danos ambientais e sociais, mas também atacar o pilar financeiro que sustenta essa prática criminosa. Os envolvidos no esquema responderão pelos crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa e usurpação de bens da União.
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