Queimadas em Rondônia Dispara 144% e coloca Porto Velho em Crise de Saúde e Energia

Queimadas em Rondônia Dispara 144% e coloca Porto Velho em Crise de Saúde e Energia

Com esse aumento absurdo, o governo estadual decidiu agir e declarou estado de emergência.

Em 2024, Rondônia está enfrentando uma situação crítica com as queimadas, e Porto Velho está no meio dessa crise ambiental. A fumaça das queimadas está se espalhando por toda a cidade, e a saúde da população, que é de cerca de 460 mil pessoas, está sendo duramente afetada. Só de janeiro até o fim de agosto, foram registrados 5.513 focos de queimadas no estado, um aumento de 144% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Com esse aumento absurdo, o governo estadual decidiu agir e declarou estado de emergência. Foi proibido usar fogo em qualquer atividade por 90 dias, tudo isso para tentar frear os impactos das queimadas e proteger a saúde pública.

Ar insuportável

No mês de agosto, a qualidade do ar em Porto Velho chegou a um ponto crítico, sendo classificada como “insalubre” pela empresa suíça IQAir, que monitora a poluição do ar no mundo todo. O reflexo disso? Muita gente com problemas respiratórios, hospitais lotados e moradores relatando dificuldades até para andar na rua por conta da fumaça.

O cantor Hélio Costa, morador da capital, descreveu bem o drama: “As pessoas estão usando máscaras, as aulas foram suspensas várias vezes. É impossível, insuportável andar nas ruas, muita fumaça”.

E a seca?

A seca em Porto Velho só piora a situação. A cidade já está há mais de 100 dias sem chuvas significativas, e o último registro foi lá em maio. Isso piora ainda mais o cenário das queimadas e traz outro problema: falta d’água. As comunidades que dependem do Rio Madeira estão sofrendo com a baixa do nível do rio, que chegou ao menor índice em décadas – 1,02 metro, quando o esperado seria uns 3,80 metros.

Energia ameaçada

Além de faltar água, a seca também está prejudicando a geração de energia, já que o Rio Madeira é essencial para as hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, responsáveis por uma fatia importante da energia do país. A Agência Nacional de Águas (ANA) já emitiu alertas sobre a possível paralisação da usina de Santo Antônio, o que poderia causar sérios problemas para a economia local e nacional.

O que fazer para se proteger?

O Ministério da Saúde já divulgou algumas dicas para ajudar a população a enfrentar essa poluição causada pelas queimadas:

  • Beber bastante água para manter as vias respiratórias hidratadas;
  • Ficar em ambientes fechados, com janelas fechadas e, se possível, ar-condicionado com filtro;
  • Evitar exercícios físicos ao ar livre;
  • Fechar portas e janelas durante os piores momentos de poluição;
  • Usar máscaras apropriadas, como N95, PFF2 ou P100.

Essas medidas são essenciais para garantir que os moradores de Porto Velho possam lidar com a situação enquanto essa crise ambiental continua a ameaçar a cidade.

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