A situação não tá nada fácil pra Rondônia. O estado que sempre foi referência no agronegócio brasileiro agora enfrenta uma das maiores quedas nas exportações dos últimos tempos. Os números são alarmantes, uma retração de 55% nas vendas para outros países, registrada entre julho e agosto deste ano. Pra se ter uma ideia do tamanho do problema, em julho o estado conseguiu exportar US$ 9,2 milhões em produtos, mas em agosto esse valor despencou pra apenas US$ 4,1 milhões.
A culpa dessa queda toda é do famoso “tarifaço” que os Estados Unidos resolveram implementar contra produtos brasileiros. Os americanos aumentaram as taxas de importação, tornando nossos produtos muito mais caros lá fora. O resultado não podia ser outro, eles simplesmente pararam de comprar tanto quanto antes. E quem sofreu as consequências foi a economia local, que dependia muito desse mercado.
O setor da carne, que sempre foi um dos carros-chefe da economia rondoniense, foi um dos mais atingidos. As exportações de carne caíram mais de 46%, deixando produtores rurais e frigoríficos numa situação bem complicada. Tem muito pecuarista por aí que tá sentindo no bolso essa mudança brusca no mercado internacional.
Quando a gente olha o cenário nacional, a situação de Rondônia fica ainda mais preocupante. O estado apareceu em oitavo lugar no ranking dos que mais perderam dinheiro com exportação. Quem liderou essa lista nada honrosa foi o Acre, nosso vizinho, seguido por cinco estados do Nordeste. Isso mostra que o impacto do “tarifaço” americano não foi igual pra todo mundo, mas pegou pesado justamente nas regiões que mais dependiam do mercado dos Estados Unidos.
O problema todo é que Rondônia, assim como outros estados brasileiros, colocou muitos ovos numa cesta só. A dependência do mercado americano era grande demais, e quando eles resolveram dificultar as compras, a gente ficou na mão. É uma lição dura, mas necessária sobre os riscos de não diversificar os mercados de exportação.
Essa queda nas vendas pro exterior não é só número no papel. Ela mexe com a vida real de muita gente aqui no estado. Quando os frigoríficos vendem menos, eles compram menos gado dos produtores. Quando os produtores ganham menos, eles gastam menos na cidade. É um efeito dominó que acaba atingindo toda a economia local, desde o grande empresário até o trabalhador que depende desses setores pra sustentar a família.
A situação serve de alerta pra Rondônia e pro Brasil inteiro sobre a importância de não depender demais de um único mercado. É preciso procurar outros países compradores, diversificar a pauta de exportação e, principalmente, agregar mais valor aos produtos que a gente vende. Em vez de mandar só a matéria-prima, seria melhor processar mais aqui mesmo, criando empregos e aumentando a margem de lucro.
Apesar de toda essa dificuldade, Rondônia tem tudo pra se recuperar. O estado conta com terra boa, gente trabalhadora e produtos de qualidade reconhecida mundialmente.
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