Clubes de São Paulo suspendem venda de bebidas alcoólicas após casos de intoxicação por metanol
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Clubes de São Paulo suspendem venda de bebidas alcoólicas após casos de intoxicação por metanol

Medida preventiva busca proteger frequentadores enquanto autoridades investigam a origem das bebidas contaminadas

Clubes sociais e esportivos de São Paulo estão adotando medidas preventivas após a confirmação de casos de intoxicação por metanol, substância altamente tóxica que tem sido utilizada para adulterar bebidas alcoólicas. A decisão de suspender temporariamente a venda de destilados, como gin, vodca e uísque, visa proteger a saúde dos frequentadores e prevenir novos incidentes.

O Sindicato dos Clubes do Estado de São Paulo (Sindiclubes) emitiu uma recomendação orientando seus associados a suspender a venda e distribuição de bebidas alcoólicas destiladas. Clubes como o Esporte Clube Pinheiros, o Esporte Clube Sírio, o Clube Hebraica, o Clube Athletico Paulistano, o São Paulo, o Palmeiras e o Ipê Clube já acataram a orientação. Essas instituições destacaram que, apesar de confiarem em seus fornecedores, a medida é necessária para assegurar a saúde e segurança de seus associados e convidados.

Até o momento, foram registrados 22 casos de intoxicação por metanol no estado de São Paulo, sendo cinco confirmados e 17 em investigação. Entre os casos confirmados, uma morte foi registrada, e quatro estão sob investigação. As vítimas geralmente apresentaram sintomas como visão turva, náuseas, dores abdominais e confusão mental, que podem evoluir para coma e até morte se não tratados adequadamente.

Investigações indicam que o metanol utilizado para adulterar as bebidas pode ter sido distribuído por redes clandestinas. Após operações policiais fecharem distribuidoras ligadas ao esquema, o produto teria sido repassado a destilarias clandestinas e falsificadores de bebidas alcoólicas.

O governo do estado de São Paulo criou um gabinete de crise para investigar os casos de intoxicação por metanol. Além disso, a Polícia Federal abriu inquérito para apurar a procedência das bebidas contaminadas e uma possível rede de distribuição. Equipes da Vigilância Sanitária realizaram fiscalizações em bares e adegas, resultando na apreensão de centenas de garrafas de bebidas sem rótulo e sem comprovação de origem.

As autoridades de saúde pública recomendam que a população adquira bebidas alcoólicas apenas em estabelecimentos confiáveis, verificando a presença de lacres de segurança, rótulos legíveis e informações como CNPJ, número de lote e data de validade. Em caso de sintomas suspeitos após o consumo de bebidas alcoólicas, é essencial procurar atendimento médico imediato. O tratamento inclui a administração de etanol como antídoto, hidratação intravenosa e monitoramento intensivo.

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