Leilão da água e esgoto em Rondônia vai acontecer em ano de eleição
IMAGEM: DIVULGAÇÃO / INTERNET

Leilão da água e esgoto em Rondônia vai acontecer em ano de eleição

O detalhe é que tudo isso vai acontecer em pleno ano eleitoral, o que já levanta muita conversa nos bastidores da política.

Rondônia se prepara para um leilão que promete mudar a vida de milhares de pessoas, a escolha da empresa que vai assumir os serviços de água e esgoto em 43 municípios.

O leilão deve marcar o fim da Caerd, companhia de água e esgoto do estado que há anos não consegue dar conta do serviço. A situação é tão grave que a empresa acumula dívidas milionárias, sendo mais de R$ 37 milhões só com a Energisa, e ainda convive com reclamações diárias de falta d’água e rede de esgoto insuficiente.

O projeto de concessão está sendo tocado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), que já foi comandada pelo atual vice-governador Sérgio Gonçalves (União Brasil). Ele vai assumir o governo em 2026 e já pensa na reeleição, o que dá ainda mais peso político ao processo.

Segundo a Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Água e Esgoto (Abcon), Rondônia não é o único estado com projetos desse tamanho. Goiás, Rio Grande do Norte e Paraíba também devem levar adiante concessões parecidas. Mas, de acordo com a superintendente técnica da Abcon, Ilana Ferreira, as eleições não devem atrapalhar: “Em 2022, em vez de parar, vimos governadores acelerando entregas. Por isso, acreditamos que o cronograma não vai sofrer atrasos”.

A verdade é que Rondônia precisa, e muito, desses investimentos. Hoje, poucas cidades têm rede de esgoto funcionando de verdade, e a água encanada ainda não chega a todos os moradores. A empresa que ganhar o leilão terá que colocar bilhões de reais para modernizar o sistema, ampliar a cobertura e melhorar o atendimento. A expectativa é que, com o tempo, isso traga benefícios diretos para a saúde da população, diminuindo casos de doenças causadas pela falta de saneamento.

De um lado, o governo garante que o leilão será um marco histórico. Do outro, há quem desconfie da privatização, com medo de que as tarifas subam e de que comunidades mais afastadas fiquem de fora. O certo é que, gostando ou não, o processo deve sair ainda em 2025 e vai mexer com a rotina de muita gente em Rondônia.

Com informações do site Valor & Mercado do jornalista Marcelo Freire

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