PRF faz maior apreensão de “ouro” e dá forte golpe no garimpo ilegal da Amazônia
É a segunda maior apreensão da história (Foto: PRF/arquivo/Divulgação)

PRF faz maior apreensão de “ouro” e dá forte golpe no garimpo ilegal da Amazônia

As ações, realizadas em Roraima e no Pará, resultaram na apreensão de 143 quilos de ouro, avaliados em mais de R$ 100 milhões.

Em uma operação histórica, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) desferiu um duro golpe contra o garimpo ilegal na Amazônia, realizando as duas maiores apreensões de ouro da sua história em um intervalo de apenas 48 horas. As ações, realizadas em Roraima e no Pará, resultaram na apreensão de 143 quilos de ouro, avaliados em mais de R$ 100 milhões.

A primeira e mais expressiva apreensão ocorreu na segunda-feira, em Roraima, quando 103 quilos do metal foram encontrados escondidos no painel de uma caminhonete. Há fortes indícios de que o ouro tenha sido extraído ilegalmente da Terra Indígena Yanomami, uma região gravemente impactada pela mineração ilegal. Dois dias depois, no Pará, outros 40 quilos foram apreendidos em um carro de luxo, consolidando o sucesso dessa megaoperação.

Paralelamente, investigações realizadas no Estado de Rondônia indicam que o empresário Bruno, conhecido por seus negócios ligados ao setor mineral, foi preso sob suspeita de facilitar a comercialização ilegal do ouro extraído na região. Rumores apontam para um esquema maior envolvendo políticos, empresários do ramo esportivo e vereadores que utilizam o garimpo ilegal como fonte de negócios e financiamento. As autoridades locais trabalham em conjunto com a PRF para aprofundar as investigações sobre essa rede criminosa.

Essas apreensões recordes são fruto de uma estratégia intensificada na região, o Plano Amazônia: Segurança e Soberania (Amas). Financiado pelo Fundo Amazônia, o plano busca ampliar a presença do Estado, promovendo uma ação integrada contra crimes ambientais e as organizações criminosas que os financiam.

A extração ilegal de ouro é crime federal. Segundo a Constituição Brasileira, todo recurso mineral pertence à União e só pode ser explorado mediante autorização da Agência Nacional de Mineração e licenciamento ambiental. Em terras indígenas, as regras são ainda mais rigorosas, exigindo aprovação do Congresso Nacional e consulta às comunidades afetadas, etapas que raramente são cumpridas.

Agora, as investigações avançam para desarticular toda a cadeia criminosa, que vai muito além da extração. Envolve transporte clandestino, lavagem de dinheiro e exportação ilegal do ouro, práticas que devastam a floresta e colocam em risco a vida das comunidades tradicionais.

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