O União Brasil acusou o governo federal de ter sido responsável pelo vazamento de informações sobre uma investigação envolvendo o presidente da legenda, Antônio de Rueda. De acordo com a apuração em andamento, ele seria suspeito de ser o verdadeiro dono de jatos executivos utilizados para o transporte de integrantes de facções criminosas. As aeronaves, segundo os investigadores, estariam registradas em nome de terceiros ou vinculadas a fundos de investimento, o que dificultaria a identificação do proprietário real.
Esse episódio ocorreu em um momento específico de ruptura. Dias antes, o União Brasil havia determinado que todos os filiados ocupantes de cargos no governo entregassem seus postos em até 24 horas. A decisão foi interpretada como sinal de afastamento da base governista. Assim, quando surgiram as informações sobre a investigação, dirigentes do partido apontaram que a divulgação teria ocorrido como forma de retaliação política. Nesse sentido, o União Brasil classificou as acusações como “infundadas, prematuras e superficiais”, além de destacar a estranheza pela coincidência entre os fatos.
Por outro lado, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, reagiu às acusações. Ela afirmou que o governo não tem qualquer participação em notícias que associam Rueda à investigação. Além disso, destacou que a apuração é conduzida exclusivamente pelas autoridades competentes, como a Polícia Federal e o Ministério Público, e que não cabe ao Executivo interferir nesse processo. Dessa forma, Gleisi reforçou que não procede a versão apresentada pelo partido.
Com isso, o episódio intensificou o clima de tensão entre o União Brasil e o governo Lula. Embora o partido tenha ocupado espaços relevantes na Esplanada dos Ministérios e mantido diálogo com o Planalto em votações passadas, a situação atual demonstra um distanciamento cada vez maior. Ademais, a acusação de vazamento insere novos elementos em uma relação já marcada por disputas em torno de cargos e posições no governo.
Enquanto o embate político prossegue, a investigação sobre os aviões continua em curso. Nesse contexto, permanece sob análise a suspeita de que aeronaves utilizadas por facções criminosas estariam ligadas a Rueda.
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