O deputado Laerte Gomes presidiu, em 18 de setembro de 2025, a 3ª Reunião Ampliada do Colegiado de Deputadas e Deputados do Parlamento Amazônico, no Plenário Dalton Martins, em Macapá (AP), com parlamentares dos nove estados da Amazônia Legal, autoridades estaduais e representantes de instituições parceiras. O objetivo foi debater formas de desenvolvimento sustentável, segurança jurídica, infraestrutura e definir propostas para a participação conjunta na COP30.
Na fala de abertura, Laerte ressaltou que a união entre os estados amazônicos é fundamental para dar força às pautas da região em nível nacional e internacional. Ele reforçou que é preciso ver a Amazônia Legal como produtora, e que o crescimento econômico deve caminhar junto com a proteção ambiental. Citou entraves como ausência de investimento em hidrovias, falhas no transporte aéreo, dificuldades na regularização fundiária, limitação por embargos ambientais e desafios ligados à mineração. Segundo ele, garantir infraestrutura, apoio técnico e segurança jurídica é essencial para que ribeirinhos, agricultores e comunidades que dependem da floresta possam viver bem.
A deputada Edna Auzier conduziu parte dos trabalhos, e o governador do Amapá, Clécio Luís, presente no encontro, pediu que os debates resultem em ações concretas. Ele, que se declara ambientalista e defensor do desenvolvimento amazônico, disse que não basta discutir, é preciso executar.
Parlamentares apontaram, entre os principais temas, a regularização fundiária, infraestrutura e logística — especialmente hidrovias, transporte aéreo e energia, inclusive renovável —, segurança jurídica, combate às ilegalidades ambientais e bioeconomia. A deputada Taíssa, de Rondônia, destacou os obstáculos que municípios enfrentam quando grande parte do território está em reservas, e afirmou que “não há sustentabilidade sem desenvolvimento”. Representantes do Amapá lembraram que segurança jurídica, energia e logística são pré-condições para atrair investimento e viabilizar projetos sustentáveis.
Também participou virtualmente Alexandre Nakagawa, da Embratur, que apresentou ações para ampliar o turismo sustentável, usando o marketing territorial, experiências autênticas, e enfatizando a COP30 como momento estratégico para visibilidade internacional da Amazônia.
Entre os encaminhamentos imediatos saiu o compromisso de formular uma pauta unificada para ser levada à COP30, com troca de experiências entre os estados sobre instrumentos como o Zoneamento Ecológico-Econômico e códigos ambientais, e diálogo com órgãos federais para transformar propostas em projetos com prazos e metas.
O encontro deixa claro que há vontade política regional de unir desenvolvimento e preservação, mas a força dessa agenda dependerá de execução, pactuação entre estados e firmeza nos compromissos. A expectativa é que os próximos meses revelem se os debates vão virar ações concretas, especialmente com a COP30 chegando como vitrine internacional da Amazônia.
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