Níger reabre fronteiras com vários vizinhos uma semana após golpe

Níger reabre fronteiras com vários vizinhos uma semana após golpe

Gesto levanta temores de um conflito mais amplo na África Ocidental.

O Níger anunciou durante a noite que estava reabrindo suas fronteiras com vários países vizinhos, uma semana depois de um golpe de estado condenado por potências estrangeiras e levantou temores de um conflito mais amplo na região do Sahel, na África Ocidental.Níger reabre fronteiras com vários vizinhos uma semana após golpe - News RondôniaNíger reabre fronteiras com vários vizinhos uma semana após golpe - News Rondônia

Nesta quarta-feira (2), ministros da Defesa dos países que formam a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao) iniciarão uma reunião de dois dias na capital nigeriana, Abuja, para discutir a situação no Níger, onde a Cedeao ameaçou usar a força se os soldados não reintegrarem o presidente eleito.

Uma delegação do bloco regional também deve chegar nesta quarta-feira à capital do Níger, Niamei, para iniciar negociações com a junta golpista, liderada pelo general Abdourahmane Tiani.

“As fronteiras terrestres e aéreas com Argélia, Burkina Faso, Mali, Líbia e Chade estão sendo reabertas a partir de 1º de agosto de 2023”, disse um porta-voz da junta na televisão estatal.

A junta fechou as fronteiras na quarta-feira passada, ao mesmo tempo em que anunciou que havia afastado do poder o presidente democraticamente eleito, Mohamed Bazoum.

As fronteiras que foram reabertas estão, em sua maioria, em áreas desérticas remotas. As principais entradas de comércio do Níger permanecem fechadas devido a sanções impostas pelo bloco regional.

O golpe no Níger foi o sétimo golpe militar em menos de três anos na África Ocidental e Central, onde alguns dos países atingidos pelo golpe se uniram em oposição ao resto do bloco regional de 15 nações.

Países europeus começaram a retirar seus cidadãos esta semana depois que Mali e Burkina Faso, também governados por juntas militares, disseram que considerariam qualquer intervenção regional no Níger uma declaração de guerra e viriam em sua defesa.

 

Por Christophe Van Der Perre – Repórter da Reuters – 20

Imagem REUTERS/Souleymane Ag Anara

 

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