MPRO sugere suspensão de atividades físicas ao ar livre em escolas de Rondônia

MPRO sugere suspensão de atividades físicas ao ar livre em escolas de Rondônia

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Rondônia registrou 4.102 focos de incêndio em agosto de 2024, mais que o dobro do registrado no mesmo período do ano anterior.

O Ministério Público de Rondônia (MPRO), por meio do GAEDUC, GAECIV e 22 Promotorias de Educação, recomendou na última sexta-feira (30) que as redes pública e privada de ensino suspendam a participação de alunos e profissionais da educação em atividades físicas e esportivas ao ar livre. A orientação, que também inclui a suspensão de eventos alusivos a datas comemorativas, como o 7 de Setembro, visa proteger a saúde de crianças, idosos e gestantes, grupos considerados mais vulneráveis.

O MPRO também alertou que qualquer evento ao ar livre deve ser evitado enquanto persistirem as condições de má qualidade do ar. A recomendação é dirigida a todas as escolas municipais e particulares de Rondônia. A Promotora de Justiça Luciana Ondei Rodrigues Silva, coordenadora do GAEDUC, reforçou a importância de minimizar a exposição dos alunos e profissionais da educação aos riscos impostos pela atual poluição.

O Promotor de Justiça Julian Imthon Farago, coordenador do GAECIV, esclareceu que essa recomendação tem caráter preventivo, visando à promoção da saúde pública e à redução de riscos. Ele ressaltou a importância da ação preventiva para evitar o agravamento da saúde dos grupos mais vulneráveis.

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Rondônia registrou 4.102 focos de incêndio em agosto de 2024, mais que o dobro do registrado no mesmo período do ano anterior. A previsão é de que a qualidade do ar permaneça em níveis críticos, especialmente no norte do estado e na capital, Porto Velho, devido à combinação de baixa umidade, ventos fracos e áreas de queimadas.

A recomendação do MPRO enfatiza que a poluição do ar em Rondônia atingiu níveis alarmantes, principalmente devido aos incêndios registrados nos últimos meses. Dados da plataforma IQAir de 30 de agosto de 2024 mostram que Porto Velho lidera o ranking das cidades mais poluídas do estado, com um índice considerado “perigoso”. Outras cidades, como Guajará-Mirim, Ariquemes e Ji-Paraná, também apresentam níveis “muito insalubres”. A exposição prolongada a partículas liberadas pela queima de florestas e pastagens pode agravar doenças cardiorrespiratórias, aumentando as chances de sintomas, complicações e internações hospitalares.

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